CBF limita transmissões na Série D 2025 e clubes se revoltam com obstáculos à visibilidade
21 abr

CBF impõe restrições rígidas às transmissões da Série D em 2025

Se você torce para um clube da Série D em 2025, prepare o sofá: assistir aos jogos pode virar uma verdadeira maratona de busca por links alternativos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu cercar de vez o controle das transmissões e tirou dos clubes o direito de negociar acordos próprios com emissoras e plataformas, com uma exceção: apenas os canais oficiais dos times ou parceiros já liberados, como a TV Dino, entram no jogo.

A medida veio acompanhada de um recado bem direto: quem ultrapassar a linha, transmitindo de forma não autorizada, pode se despedir do apoio financeiro da CBF — incluindo pagamento de árbitros, custos de viagem, hospedagem e até premiações. É como se, de uma hora pra outra, as portas se fechassem sem aviso para boa parte dos clubes que já precisam se virar para sobreviver na base dos patrocínios locais e bilheteria.

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A ausência de um acordo centralizado de transmissão deixa a maioria das partidas da Série D praticamente invisível para quem está fora do circuito local ou não segue os canais oficiais dos clubes no YouTube — opção liberada pela CBF, mas limitada pelo alcance dessas páginas. Exemplos como o Sousa FC, que conseguiu transmitir via TV Dino (parceira reconhecida), viraram exceção em um cenário onde a regra é a transmissão restrita, quase caseira.

Essa restrição não caiu bem nos bastidores. Dirigentes de times da Série D reclamam que a postura da entidade prejudica a já frágil saúde financeira da competição e espreme ainda mais a oportunidade de engajar torcedores espalhados pelo país. Sem audiência ampla, os clubes perdem capacidade de atrair patrocinadores e gerar receitas extras, numa temporada em que cada centavo faz diferença.

  • Clube flagrado desobedecendo as regras corre risco de não receber apoio logístico e financeiro.
  • Transmissão em escala nacional fica restrita, obrigando torcedores a dependerem das redes oficiais dos próprios clubes.
  • Com as tratativas por direitos ainda emperradas, ninguém sabe ao certo como ficará o cenário quando a bola rolar de verdade em 2025.

A situação acende o debate sobre quem pode decidir como mostrar e vender sua própria paixão. Enquanto o impasse com grandes transmissores não se resolve, fã da Série D terá que vasculhar a internet ou torcer por uma liberação de última hora. Para os clubes, fica a sensação de que, sem o microfone na mão, é difícil amplificar sua voz — e faturar com ela.

Mirela Ribeiro

Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.

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