Problemas crônicos no joelho de De La Cruz geram polêmica no Flamengo e mobilizam apoio entre jogadores
23 jul

Mensagem vazada expõe situação médica de De La Cruz no Flamengo

O Flamengo foi surpreendido por uma verdadeira saia justa depois que veio à tona o conteúdo de uma mensagem de WhatsApp do departamento médico envolvendo o uruguaio Nicolás De La Cruz. O texto, supostamente enviado pelo chefe médico do clube, Dr. José Luiz Runco, descreve o meia como portador de uma condição crônica e irreversível no joelho. Segundo a mensagem, as lesões comprometem não só sua coordenação muscular, mas também o equilíbrio, levantando dúvidas sobre sua continuidade nos gramados.

Esse vazamento não caiu nada bem entre os envolvidos. Os representantes de De La Cruz foram os primeiros a se pronunciarem, chamando de antiética a divulgação de informações médicas particulares. Para eles, expor detalhes tão sensíveis sem consentimento agride a confiança do atleta com o clube e pode prejudicar sua imagem profissional. Do lado do Flamengo, o clube se apressou em esclarecer publicamente que não existe um novo diagnóstico preocupante. Explicaram que o que existe, na prática, é o acompanhamento contínuo dos sintomas recorrentes no joelho direito de De La Cruz, algo que já vinha sendo administrado desde sua chegada ao Rio.

Desde que desembarcou na Gávea no início de 2024, com uma transferência de US$ 16 milhões, De La Cruz rapidamente se tornou peça fundamental em campo. Os números são expressivos: participou de 61 jogos, marcou três gols, deu seis assistências e levantou troféus importantes como a Copa do Brasil de 2024, a Supercopa do Brasil de 2025 e dois títulos consecutivos do Campeonato Carioca. E tudo isso, mesmo enfrentando a tal limitação física, o que faz muita gente questionar a gravidade real da situação.

Time fecha com o jogador em meio à polêmica

No vestiário, a resposta veio forte. O meia Giorgian De Arrascaeta, colega de De La Cruz no Flamengo e na seleção uruguaia, usou as redes sociais para dar um recado claro: o grupo está fechado com o camisa 18. Essa demonstração de apoio não passou despercebida pela torcida, que também se mobilizou nas redes com mensagens de solidariedade. O momento revela como o futebol pode ser implacável nos bastidores, especialmente quando assuntos médicos vêm à tona de maneira indesejada.

O burburinho cresce também porque não se sabe ainda se o vazamento foi resultado de um problema interno, conflitos pessoais ou até uma tentativa do clube de se proteger diante de possíveis críticas à contratação. Os representantes do atleta, por sua vez, querem investigação minuciosa para entender de onde partiu a exposição e se houve algum interesse extra-médico no episódio.

No campo, De La Cruz segue treinando normalmente e, por enquanto, está à disposição da comissão técnica. O caso, no entanto, acende o alerta sobre os limites da privacidade dos atletas e como a fama (e o investimento alto) costuma cobrar seu preço, questionando até que ponto a dor do craque é exclusiva dos bastidores ou tema aberto ao debate público.

Maria Cardoso

Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.

ver todas as publicações

Escreva um comentário