Reginaldo Leme fica na Band em 2026 e lança programa próprio após saída da F1 da emissora
6 out

Quando Reginaldo Leme, veterano da Band, confirmou que permanecerá na emissora em 2026, a notícia ganhou contornos de surpresa e ainda mais de reverência. O jornalista, que aos 80 anos ainda comanda a referência da cobertura da Fórmula 1Brasil, viu a categoria ser devolvida à TV Globo após seis anos na Band.

A entrevista concedida ao programa "Pole Position" do UOL, gravada em São Paulo no fim de abril de 2024, trouxe detalhes que explicam por que Leme não pensa em mudar de casa. Ele descreveu o novo projeto como "uma produção da minha agência, entregue pronta à Band", prometendo escolher convidados e formato “do jeito que eu acho que o público ainda não viu”.

O contexto da F1 na TV brasileira

Para entender a importância da decisão, vale lembrar que a Band assumiu os direitos de transmissão da F1 em 2020, quando a TV Globo optou por sair do contrato com Liberty Media. O contrato com a Band durou seis temporadas, período em que a emissora investiu recursos para montar uma bancada de peso, trazendo nomes como Leme, Sérgio Maurício e Mariana Becker.

O retorno da Globo, anunciado em janeiro de 2024, foi tratado como um “ciclo que se fecha”. A emissora assinou um acordo que reinicia a cobertura a partir de 2026, prometendo nova equipe de produção e investimento em tecnologia de transmissão. Segundo a Folha de S.Paulo, a Globo cogita contratar o ex‑piloto Felipe Giaffone, mas não demonstra interesse em levar para a nova bancada nomes que já são identidade da Band.

Reginaldo Leme decide ficar na Band

Para Leme, a lealdade à Band vai além de contrato; trata‑se de um vínculo familiar. "Eu jamais sairia da Band para nenhum outro lugar. É uma emissora que tem tudo, mas ainda tem aquele aspecto familiar", disse o jornalista, ainda que "às vezes não precise ir, mas vou porque é uma delícia chegar lá e ser bem recebido".

Ele chegou à Band em 2020, acompanhando parte da equipe que migrou da Globo. Na época, a transição foi vista como risco, mas acabou se mostrando estratégica, já que a Band conquistou audiências recordes nas transmissões das corridas. Leme, que acumula mais de cinco décadas cobrindo a F1, tornou‑se a voz que muitos brasileiros associam ao som do motor V6‑turbo‑híbrido.

Detalhes do novo projeto de programa

O futuro programa, ainda sem título oficial, será um talk‑show de entrevista focado no universo dos esportes a motor, mas com espaço para cultura pop, negócios e curiosidades. Leme afirmou que a produção será feita pela sua própria agência, o que lhe garante autonomia total sobre pauta, convidados e estilo visual.

Ele revelou que pretende trazer figuras como ex‑pilotos, engenheiros, dirigentes de equipes, mas também personalidades fora do circuito, como músicos ou influenciadores que têm paixão por velocidade. "Vai acontecer. Não está fechado, mas está liberado para mim", garantiu.

Quanto à data de estreia, ainda não há cronograma definido, mas Leme almeja lançar o programa no primeiro semestre de 2026, antes que a F1 volte à Globo. "Se eu puder contar com a Band, vamos colocar no ar antes da grande mudança, como um presente para os fãs", brincou.

Reações da Globo e possíveis mudanças na equipe

Reações da Globo e possíveis mudanças na equipe

A TV Globo ainda não divulgou oficialmente quem comporá a bancada de 2026. Fontes internas apontam que a emissora está em fase de negociação com o ex‑piloto Felipe Giaffone, que atualmente comenta as corridas na Band.

Entretanto, o portal da Folha citou que nomes como Sérgio Maurício, Mariana Becker e até mesmo Reginaldo Leme foram descartados. "Não há interesse em levar quem já está consolidado na Band, porque a Globo quer renovar a linguagem", confidenciou um executivo que pediu anonimato.

Para os analistas do mercado, a escolha de Giaffone pode ser estratégica: ele tem experiência de piloto, boa presença de câmera e já tem boa aceitação entre o público jovem, alvo da nova estratégia da Globo. Já a exclusão de Leme pode ser vista como “um sinal de que a Globo quer se afastar da imagem tradicional da cobertura da F1”.

O que isso significa para o jornalismo esportivo

O cenário cria uma nova dinâmica: enquanto a Globo reconquista a F1, a Band perde seu carro‑chefe, mas ganha um programa exclusivo que pode atrair espectadores fora da temporada de corridas. "É uma oportunidade de diversificar o conteúdo esportivo da emissora", comentou Cláudio Alves, analista da Instituto Brasileiro de Comunicação.

Para Leme, a mudança representa uma transição de “voz da corrida” para “voz do debate”. Ele ainda não sabe se continuará comentando as corridas da F1 ao vivo, mas garante que seu olhar continuará voltado para o esporte, mesmo que de forma mais analítica e menos “ao vivo”.

O público, por sua vez, parece curioso. Nas redes, hashtags como #LemeNaBand e #NovoShowLeme já acumulam milhares de menções, indicando que a expectativa está alta. Se o programa entregar a promessa de “convidados e temas que ainda não vimos”, pode se tornar tão icônico quanto o próprio “Pole Position”.

Perguntas Frequentes

Como a saída da F1 da Band impacta os fãs da categoria?

Os fãs perderão o acesso direto às corridas na Band a partir de 2026, mas poderão acompanhar a nova transmissão da TV Globo, que promete investimento em tecnologia de alta definição e equipes de produção renovadas.

Quem será o apresentador do novo programa de Reginaldo Leme?

Reginaldo Leme será o próprio apresentador, controlando pauta, convidados e estilo. O programa ainda não tem título, mas será produzido pela sua agência e exibido pela Band.

A Globo pretende contratar outros comentaristas da Band?

Até o momento, a única indicação oficial é a possível contratação de Felipe Giaffone. Sérgio Maurício, Mariana Becker e Reginaldo Leme foram descartados, segundo reportagens da Folha de S.Paulo.

Qual a importância da lealdade de Leme à Band para a emissora?

Manter Leme na grade reforça a identidade da Band como referência em esportes a motor, especialmente após a perda dos direitos da F1. Seu programa próprio pode atrair público fiel e abrir novas oportunidades de patrocínio.

Quando o novo programa de entrevistas deve estrear?

Leme indica que o lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2026, antes da volta da Fórmula 1 à Globo, mas a data exata ainda não foi confirmada pela Band.

Maria Cardoso

Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.

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4 Comentários

Maria Eduarda Broering Andrade

  • outubro 6, 2025 AT 04:58

O fato de Leme permanecer na Band não é apenas uma escolha profissional; é um sinal de que há interesses ocultos na negociação dos direitos da F1.
Se analisarmos os padrões de contratos nas emissoras, percebemos uma tendência de centralizar o controle nas mãos de poucos grupos de poder.
Essa “lealdade” anunciada pode ser uma fachada para garantir que a audiência continue convergindo para plataformas que beneficiam esses mesmos conglomerados.
Além disso, a produção independente via sua agência sugere uma autonomia que, na prática, pode servir para moldar narrativas favoráveis a patrocinadores estratégicos.
Portanto, não se trata apenas de carinho com a Band, mas de uma peça dentro de um tabuleiro maior.

Caio Augusto

  • outubro 6, 2025 AT 07:30

Concordo que a análise traz pontos relevantes, mas vale destacar que Leme tem histórico de transparência com o público e que a sua agência já realizou projetos bem-sucedidos, garantindo independência editorial. A permanência dele pode trazer estabilidade ao conteúdo esportivo da Band, beneficiando os telespectadores.

Jéssica Soares

  • outubro 6, 2025 AT 10:00

Gente, vcm vê isso? LEME VAI FICAR NA BAND E NEM A GLOBO VAI CONSEGUIR LEVAR ELE?! É UMA CONSPIRACAO TOTAL, tipo, eles tão controlando tudooo!! E ainda tem esse programinha novo que vai ser *tipo* o melhor de tudo q n tem nem 1% de chance de ser bom! Quem acredita? NADA! 😡

Miguel Barreto

  • outubro 6, 2025 AT 12:30

Entendo seu descontentamento, mas vale lembrar que mudanças radicais nem sempre trazem resultados positivos imediatos. Se Leme usar sua experiência para construir um programa sólido, podemos ter um conteúdo de qualidade que agrade tanto fãs antigos quanto novos espectadores.

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