Se você tem 50 anos ou mais, provavelmente já ouviu falar do câncer de próstata. Mas muita gente ainda tem dúvidas sobre o que realmente provoca a doença, como perceber os primeiros sinais e, principalmente, o que fazer para evitar que ela avance. Vamos conversar de forma simples e direta, como um amigo que quer te ajudar a cuidar da saúde.
Primeiro, saiba que a próstata é uma glândula pequena que fica abaixo da bexiga e produz parte do sêmen. O aumento de idade é o principal fator de risco – a maioria dos casos aparece depois dos 60 anos. Histórico familiar também conta muito; se seu pai ou avô teve câncer de próstata, a chance de você desenvolver a doença é maior.
Outros fatores incluem origem étnica (homens negros têm risco maior), dieta rica em gorduras saturadas e consumo excessivo de álcool. Não se preocupe, nada disso significa que a doença é inevitável, mas ajuda a entender onde prestar mais atenção.
Os sintomas nem sempre aparecem nos estágios iniciais. Quando surgem, podem ser vontade de urinar mais vezes, sensação de que a bexiga não esvazia totalmente, sangue na urina ou no sêmen, e dor ao ejacular. Se você notar algum desses sinais, marque uma consulta logo. O diagnóstico precoce salva vidas.
O primeiro passo costuma ser o exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico). Valores altos não são culpa do câncer, mas indicam que algo merece atenção. Em seguida, o médico pode solicitar o toque retal, que permite sentir alterações na textura da próstata.
Se houver suspeita, uma ultrassonografia transretal ou mesmo uma biópsia podem confirmar o diagnóstico. Não se assuste com a biópsia; ela costuma ser feita com anestesia local e fornece a informação necessária para escolher o tratamento certo.
Quanto ao tratamento, as opções variam de acordo com o estágio da doença e a saúde geral do paciente. Para cânceres de baixa agressividade, a vigilância ativa – monitoramento regular do PSA e exames – pode ser suficiente. Quando o tumor é mais avançado, cirurgias como a prostatectomia ou radioterapia são os caminhos mais comuns. Em alguns casos, hormonioterapia pode ser usada para bloquear a ação da testosterona, que alimenta o câncer.
Além dos procedimentos médicos, adotar hábitos saudáveis ajuda muito. Manter um peso adequado, praticar atividade física regular, comer mais frutas, legumes e grãos integrais, e reduzir alimentos processados diminui o risco de progressão. Se ainda não faz, converse com seu médico sobre suplementos como licopeno ou vitamina D – eles podem ter benefícios, mas a decisão deve ser individual.
Lembre-se: a prevenção começa com informação. Agende a consulta anual, faça o exame de PSA conforme orientação e discuta seu histórico familiar com o médico. Cada passo pequeno faz diferença na luta contra o câncer de próstata.