Processo Judicial: Guia rápido para entender como funciona

Se você já precisou entrar na Justiça ou ouviu alguém falar que vai abrir um processo, provavelmente ficou com dúvidas. Não se preocupe, vamos descomplicar tudo em poucos minutos. Aqui você vai descobrir como um processo judicial nasce, quais são as fases principais e o que fazer em cada passo.

Como inicia um processo judicial

Primeiro, alguém tem um problema que não foi resolvido na vida cotidiana – pode ser um contrato quebrado, uma dívida, uma questão de família ou até um acidente. Essa pessoa, chamada de autor, apresenta uma petição inicial no fórum competente. Nela, são descritos os fatos, a fundamentação legal e o que se quer alcançar (a chamada pretensão).

Junto da petição, é preciso juntar documentos que provem o que está sendo alegado: contratos, notas fiscais, laudos médicos, fotos, etc. Tudo isso serve como base para o juiz analisar o caso. Depois de receber a petição, o juiz verifica se está tudo correto e, se estiver, distribui o processo para a vara adequada.

Etapas principais e o que esperar

A partir daí, o processo segue por várias fases:

  • Citação do réu: o juiz manda um aviso oficial ao outro lado (réu) para que ele saiba da ação e possa se defender.
  • Contestação: o réu tem um prazo – geralmente 15 dias úteis – para apresentar sua defesa, também com documentos e argumentos.
  • Réplica: o autor pode responder à contestação, trazendo novos pontos ou esclarecendo dúvidas.
  • Fase probatória: ambas as partes indicam provas – testemunhas, perícias, documentos adicionais – que o juiz pode analisar. Essa fase pode se estender por semanas ou meses, dependendo da complexidade.
  • Audiência: em muitos casos, o juiz marca uma audiência para ouvir as partes, as testemunhas e o perito.
  • Sentença: depois de avaliar tudo, o juiz decide quem tem razão e determina a solução – pagamento, obrigação de fazer, ou até a declaração de inexistência de um direito.

Se alguma das partes não concordar com a sentença, há ainda recursos como apelação, que levam o caso para um tribunal de segunda instância. Cada recurso tem prazos específicos e exige atenção para não perder o direito de recorrer.

Vale lembrar que processos podem ser longos. A velocidade depende do volume de demandas do tribunal, da disponibilidade de provas e da complexidade jurídica. Por isso, é sempre bom contar com um advogado experiente, que saiba negociar acordos e, se possível, evitar a judicialização.

Além do advogado, você pode buscar ajuda em órgãos como a Defensoria Pública (para quem não tem condições de pagar) ou o Conselho da OAB, que oferece orientação gratuita. Muitos tribunais também disponibilizam o acompanhamento online via site, onde você vê em que fase está o processo e recebe notificações.

Resumindo, abrir um processo judicial envolve: preparar a petição, juntar documentos, esperar a citação, apresentar defesa, produzir provas, participar de audiências e, finalmente, receber a sentença. Cada passo tem prazos rígidos, então ficar atento às datas é essencial.

Se você está começando agora, não se assuste com a burocracia. Com o apoio certo e um plano claro, dá para enfrentar a Justiça de forma organizada e aumentar as chances de um desfecho favorável.

STJ: Decisão Unânime sobre Inadmissibilidade de IDPJ Garante Segurança Jurídica
20 ago

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a inadmissibilidade de um Individualização de Pagamento (IDPJ) impede a submissão de um novo pedido no mesmo processo. Este julgamento ressalta a importância da segurança jurídica e evita atrasos processuais.