Popó Freitas apoia filho gay: conselhos, orgulho e entrevista ao Superpop
28 set

Quando Popó Freitas, ex‑campeão mundial unificado de boxe, contou ao podcast No Flow que seu filho se assumiu gay aos 16 anos, o Brasil inteiro sentiu o impacto de uma conversa que mistura apoio familiar com humor de ringue. O jovem Juan Freitas, de 21 anos, estudante de medicina, recebeu o conselho do pai enquanto ele treinava em Santos para uma luta decisiva. Meses depois, ambos reapareceram juntos no programa Superpop, da RedeTV, para relatar o momento que mudou a relação pai‑filho.

Contexto familiar e a revelação inesperada

Juan, que sempre foi discreto sobre sua vida afetiva, foi surpreendido quando alguns colegas de escola, sem o seu consentimento, contaram ao pai que o filho era gay. Na época, Popó estava em preparação para um combate importante na arena de Santos e recebeu uma ligação angustiada do filho. "Eu estava com o coração na mão, ele chorava, parecia que o mundo tinha acabado", recordou o pugilista.

Ao contrário de muitas famílias brasileiras que ainda lidam com preconceitos enraizados, Popó decidiu conversar em particular, afastando a curiosidade invasiva dos parentes que questionavam "por que nunca tinha percebido". O boxer então deu conselhos práticos que misturavam segurança digital e direito ao prazer: "Você tem um sobrenome forte, cuidado com as redes sociais, e entre quatro paredes, se não você vai ser corno" – frase que, apesar do tom jocoso, gerou polêmica nas redes.

Os conselhos de Popó: entre orientação e liberdade

Durante a entrevista ao No Flow, o ex‑campeão explicou que orientou o filho a entender que a sua orientação sexual não era uma "opção" mas sim uma parte intrínseca da sua identidade. "Ele me corrigiu: ‘orientação, não opção’. Foi a primeira vez que eu ouvi essa diferenciação num discurso tão direto", afirmou Popó.

Além da questão da identidade, o pai destacou a importância de proteger a saúde mental do filho nas redes sociais: "Já conheço gente que se afogou em comentários maldosos. Você tem que ser forte, mas também saber onde buscar apoio".

O toque inesperado – "o fiofó é seu, dá para quem quiser" – tornou-se um bordão nas comunidades LGBTQ+ brasileiras, simbolizando a aceitação sem reservas de um pai que antes teria reagido com violência, como ele mesmo reconheceu: "Na minha época, se houvesse um gay na família, meu pai matava ou espancava".

Reações públicas e o debate sobre linguagem

O discurso de Popó gerou reações mistas nas redes sociais. Enquanto muitos elogiaram a coragem de um ícone do esporte ao admitir sua evolução, outros criticaram termos crus usados na conversa, considerando‑os inadequados para um público jovem. Especialistas em comunicação afirmam que o uso de linguagem coloquial pode tornar a mensagem mais acessível, mas também corre o risco de reforçar estereótipos.

"Quando figuras públicas falam abertamente sobre sexualidade, elas têm um poder educativo enorme, mas precisam equilibrar humor com sensibilidade", comenta a psicóloga da rede pública, Dra. Lúcia Mendes, que acompanha grupos de apoio a jovens LGBT.

Superpop e a nova fase da relação pai‑filho

No programa Superpop, transmitido em julho de 2025, Juan relatou com emoção que o momento da revelação foi "um knockout" para ele, mas que o abraço do pai foi a melhor vitória que já recebeu. "Ele me acolheu como ninguém, cumprindo sua obrigação de me amar", escreveu Juan em post de Instagram após a gravação.

A participação conjunta no talk‑show revelou também o lado mais leve da família: foram mostradas fotos de viagens, a primeira visita de Popó a uma boate gay, e até uma troca de presentes simbólicos – um par de luvas de boxe customizadas com as cores da bandeira arco‑íris.

Impacto na comunidade LGBTQ+ e perspectivas futuras

Impacto na comunidade LGBTQ+ e perspectivas futuras

O relato de Popó e Juan serve de referência para milhares de famílias que ainda enfrentam o medo de rejeição. Organizações como o Grupo de Apoio à Juventude LGBT (GAJ) já divulgaram o episódio como material de treinamento para pais. "Ver alguém tão reconhecido como Popó mudar de postura é sinal de que a sociedade está avançando", afirma o coordenador do GAJ, André Salgado.

Quanto ao futuro, Juan se prepara para concluir a graduação em medicina e já manifesta interesse em se especializar em saúde mental para adolescentes LGBTQ+. Já o pai pretende abrir uma academia de boxe em Salvador que ofereça suporte psicológico gratuito para atletas que enfrentam questões de identidade de gênero ou orientação sexual.

Contexto histórico: homossexuais no esporte brasileiro

Até a década de 1990, poucos atletas abertamente gay conseguiram se exibir nos esportes de alto rendimento no Brasil. A primeira grande revelação veio com o nadador Rogério Romero, que se assumiu em 2001, seguida de outras figuras como o judoca Flávio Canto (2015). O caso de Popó Freitas reforça a tendência de maior visibilidade e aceitação, ainda que ainda haja muito a avançar.

Especialistas apontam que a imprensa tem papel crucial nesse processo: "Cobertura respeitosa, sem sensacionalismo, ajuda a normalizar a presença de pessoas LGBTQ+ nos esportes", analisa a professora de sociologia esportiva da UFBA, Drª. Marina Oliveira.

O que se espera da família Freitas nos próximos meses

Com a formatura de Juan prevista para o final de 2025, a família pretende organizar um evento beneficente que una a comunidade médica e o mundo do boxe, arrecadando fundos para projetos de apoio a jovens LGBT em situação de vulnerabilidade. Popó garante que a academia que planeja abrir terá programas de tutoria e educação sobre diversidade.

Frequently Asked Questions

Como a declaração de Popó Freitas impactou outras famílias de atletas?

A entrevista despertou conversas em centros de treinamento, onde treinadores passaram a oferecer apoio psicológico a atletas que enfrentam questões de identidade. Algumas federações já incluíram diretrizes de inclusão em seus códigos de conduta.

Qual a importância do discurso de Popó para a comunidade LGBTQ+ no esporte?

Ele demonstra que até os ícones mais tradicionais podem evoluir, oferecendo um exemplo de aceitação que reduz o estigma e incentiva jovens atletas a não esconderem quem são.

Que medidas o GAJ pretende adotar a partir desse caso?

O grupo planeja criar módulos de treinamento para pais, baseados na experiência de Popó, e lançar uma campanha nas escolas que combina educação sexual com esportes.

Juan Freitas já pensa em sua carreira médica?

Sim. Ele pretende se especializar em psiquiatria infantil, focando em apoio a adolescentes LGBT, e já participa de projetos de extensão que atendem jovens de baixa renda.

Qual será o próximo passo da academia de Popó em Salvador?

A academia abrirá suas portas no segundo semestre de 2026, oferecendo treinamentos gratuitos, sessões de terapia em grupo e workshops sobre diversidade para atletas de todas as idades.

Maria Cardoso

Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.

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20 Comentários

Thalita Gomes

  • setembro 30, 2025 AT 09:47

Popó é o tipo de pai que mostra que amor não precisa de discurso perfeito, só de presença.

Maria Clara Francisco Martins

  • outubro 2, 2025 AT 07:23

Essa história me deixou com os olhos úmidos, sério. Um ex-campeão de boxe, homem que viveu numa cultura onde homens fortes não choram, e ele se transformou num exemplo de como o amor verdadeiro não tem regra, não tem rótulo, não tem medo. Ele não disse "eu te aceito" - ele disse "você tem um sobrenome forte, cuidado com as redes sociais". Isso é proteção com identidade. Isso é cuidado com o mundo real. Ele não tentou consertar o filho, ele só ensinou ele a se defender. E o mais bonito? Ele não escondeu o próprio aprendizado. "Foi a primeira vez que eu ouvi essa diferenciação" - isso é humildade. Isso é evolução. E o fiofó é seu, dá para quem quiser? Isso não é piada, é libertação. É o pai dizendo: "Seu corpo, sua vida, seu prazer, seu direito". E isso, meu Deus, é raro. Muito raro. Em um país onde ainda matam por ser gay, onde pais mandam filhos pra "cura", onde igrejas pregam que é pecado... Popó simplesmente virou o jogo. Não com discurso político, mas com linguagem de ringue, de pai de família, de homem que já viu sangue e sabe o que é lutar. E ele lutou pelo filho. Não com socos, mas com palavras que doem de verdade. Porque às vezes, o maior ato de coragem não é entrar no ringue, é abrir a porta pra alguém ser quem é, mesmo que isso te desconstrua por completo.

Ernany Rosado

  • outubro 3, 2025 AT 02:04

popó é o cara mesmo kkkkk o fiofó é teu da pra qm quiser hahaha qe bonito

Isabelle Souza

  • outubro 4, 2025 AT 14:56

Essa história... é como se alguém tivesse pegado um pedaço do coração do Brasil - aquele pedaço que a gente esconde atrás do machismo, do silêncio, da vergonha - e tivesse colocado em um ringue, iluminado, com música de fundo, e gritado: "Olha isso! Isso aqui é amor!". Popó não foi perfeito, e isso é o que torna tudo mais real. Ele usou palavras cruas, sim, mas não foi para ferir - foi para ensinar. "Cuidado com as redes sociais" - isso é um alerta de pai, não de moralista. "Você não escolhe, você é" - isso é ciência, isso é dignidade. E o fiofó? Ah, o fiofó é o ponto mais lindo. É o momento em que o pai, que viveu numa era onde homens não falavam de sexo, de prazer, de corpo, simplesmente soltou tudo: "É seu. Vai, aproveita, viva". E isso? Isso é revolução com camisa de boxe. Não com cartazes, não com discursos de universidade, mas com o suor de um homem que já deu soco, já perdeu, já ganhou, e agora, finalmente, aprendeu que o maior título não é o cinturão, é o abraço do filho. E Juan? Ele não só sobreviveu, ele floresceu. E isso? Isso é o futuro. E se mais pais agissem assim? Se mais homens dissessem: "eu não entendo, mas eu te amo"? O mundo seria outro. Menos sangue. Mais abraços. Menos ódio. Mais fiofó.

Francis Tañajura

  • outubro 5, 2025 AT 11:44

Essa história é uma piada. Popó é um idiota que está incentivando a promiscuidade. Seu filho é gay, ok, mas ele não deveria estar falando dessas coisas em público. Isso é vergonha.

Nat Vlc

  • outubro 6, 2025 AT 19:59

Achei lindo como ele transformou um momento difícil em algo tão humano. Nada de discurso bonito, só amor de verdade.

Miguel Oliveira

  • outubro 6, 2025 AT 20:48

Popó é um lixo. Nao pode falar "fiofó" pro filho. Isso é degradante.

Allan Fabrykant

  • outubro 8, 2025 AT 08:44

Olha, eu entendo que todo mundo tá achando isso lindo, mas acho que a gente tá exagerando. Popó é um boxeador, não um filósofo. Ele falou o que veio na cabeça, e agora tá sendo elevado a ícone da diversidade? Sério? A gente tá transformando um discurso coloquial, cheio de gírias e gafes, em algo sagrado. E o pior: a mídia tá usando isso pra vender notícias, como se um homem comum tivesse resolvido todos os problemas da comunidade LGBTQ+. Será que ninguém percebeu que ele ainda usa termos que podem ser ofensivos? "Corno"? "Fiofó"? Isso não é aceitação, é romantização de machismo disfarçado de amor. E o Juan? Ele tá sendo usado como um símbolo, não como um ser humano. Todo mundo tá falando "oh, que lindo, o pai aceitou", mas ninguém tá perguntando: "Juan, você queria isso? Você queria virar caso de estudo?". A gente tá criando um herói de conto de fadas, e esquecendo que por trás disso tem um jovem que só queria viver em paz. E se ele não quisesse ser o embaixador da causa? E se ele só quisesse estudar medicina sem virar meme nas redes? Acho que a gente tá confundindo viralização com verdadeira aceitação. Popó pode ter sido bom pai, mas não é um salvador. E o Brasil não precisa de heróis de Instagram. Precisa de escolas, de leis, de terapia, de respeito real - não de frases engraçadas em podcasts.

Leandro Pessoa

  • outubro 9, 2025 AT 07:03

Popó fez o que poucos pais fazem: parou de ser macho e começou a ser pai. Não é sobre linguagem, é sobre presença.

Matheus Alvarez

  • outubro 10, 2025 AT 23:05

Isso tudo é uma farsa. Um homem que viveu na era da violência, que já deu soco em todo mundo, agora vira ativista de Instagram? O que ele fez foi trocar o machismo velho pelo machismo novo: o machismo que se veste de progressista para ganhar likes. Popó não mudou. Ele só descobriu que, agora, dizer "fiofó é seu" é mais rentável que dizer "vai se matar". A sociedade adora um herói de última hora, mas não quer saber da realidade. Onde estava Popó quando os jovens gays eram baleados nas esquinas? Onde estava quando os pais mandavam filhos pra clínicas de conversão? Agora, quando o filho virou viral, ele aparece com luvas arco-íris? Isso é espetáculo. Isso é marketing. E o Juan? Ele é o pior de todos - um garoto que se tornou peça de propaganda. Não é amor, é performance. E vocês? Vocês estão aplaudindo um show. Não uma mudança. Um verdadeiro pai não precisa de um podcast pra provar que ama. Ele simplesmente ama. Sem câmeras. Sem bandeiras. Sem hashtags.

Elisângela Oliveira

  • outubro 12, 2025 AT 11:55

Nunca vi um pai tão presente. Mesmo com os termos, o carinho transbordou. Isso é o que importa.

Diego Sobral Santos

  • outubro 12, 2025 AT 20:45

Que história incrível. Fiquei comovido. Popó é um exemplo pra todos nós.

Camila Freire

  • outubro 13, 2025 AT 14:04

Popó é só mais um que quer aparecer. Se ele fosse mesmo sensível, não teria usado termos tão vulgares. Isso é pior que o preconceito.

Guilherme Vilela

  • outubro 15, 2025 AT 07:43

Essa história me deu um abraço emocional 🤗. Popó tá no caminho certo, mesmo com os erros. O amor é mais importante que a palavra certa.

John Santos

  • outubro 15, 2025 AT 20:11

Popó não é um herói, mas ele é um homem que aprendeu. E isso, no Brasil de hoje, já é uma revolução. Ele não veio de uma universidade, não tem doutorado em gênero, não fez curso de inclusão. Ele veio do ringue, da vida real, da dor de ver o filho chorando no telefone. E ele respondeu com o que tinha: linguagem de pai, de homem, de quem já viu sangue e sabe que o mais importante não é ganhar a luta, mas não deixar o outro sozinho. Ele usou termos que muitos acham ofensivos, mas a intenção não era ofender - era proteger. "Cuidado com as redes" - isso é sabedoria. "Você não escolhe, você é" - isso é verdade. E o fiofó? É o momento em que o pai, que nunca falou de sexo, se permitiu ser humano. E isso? Isso é coragem. Não é perfeição. É evolução. E o Brasil precisa disso: não de ícones, mas de homens que mudam, mesmo que devagar, mesmo que com gírias, mesmo que errando. Porque a aceitação não começa com discurso bonito. Ela começa com um pai que, mesmo com medo, diz: "vai, meu filho, você é meu".

Priscila Santos

  • outubro 17, 2025 AT 10:00

Ninguém liga pra isso. É só mais um caso de sensacionalismo.

Daiane Rocha

  • outubro 19, 2025 AT 06:49

Popó Freitas é um exemplo raro de como o amor pode desmontar preconceitos sem precisar de discurso acadêmico. Ele não disse "eu te aceito" - ele disse "você tem um sobrenome forte, cuidado com as redes sociais". Isso não é um conselho qualquer: é uma proteção com identidade. Ele não tentou transformar o filho, ele o viu. E quando Juan corrigiu: "orientação, não opção" - Popó ouviu. E isso? Isso é o maior gesto de amor: reconhecer que você não sabe tudo, e ainda assim, se dispõe a aprender. O fiofó é seu, dá para quem quiser - essa frase, apesar do tom jocoso, é um ato de libertação. É o pai dizendo: "Seu corpo, seu prazer, sua vida - não são pecados, não são vergonhas, são seus". E o mais incrível? Ele fez isso sem se tornar um ativista. Sem campanha. Sem entrevista. Só com o que tinha: um coração que aprendeu a escutar. E agora, ele e Juan estão juntos, não como símbolos, mas como pai e filho. E isso, no Brasil onde ainda se mata por ser gay, é a maior vitória de todas.

Sônia caldas

  • outubro 20, 2025 AT 15:50

Isso é lindo mesmo... ele é um pai incrível, mesmo com os erros de linguagem... ❤️

Rosiclea julio

  • outubro 21, 2025 AT 08:49

Eu sou mãe de um garoto gay, e essa história me fez chorar. Não por ser perfeita - mas por ser real. Popó não tinha um manual, não tinha treinamento em diversidade, não tinha psicólogo no ombro. Ele tinha medo. Ele tinha culpa. Ele tinha o peso de uma geração que acreditava que homens fortes não choravam, não falavam de sexo, não aceitavam o diferente. E ele, mesmo assim, escolheu o abraço. Ele escolheu escutar. Ele escolheu dizer: "você não é um erro, você é meu filho". E o mais bonito? Ele não pediu desculpas por usar termos crues. Ele só explicou: "eu aprendi com você". E isso, minha gente, é o que muda o mundo. Não são os discursos bonitos. São os pais que, mesmo com medo, se deixam ser ensinados. Popó não é um ativista. Ele é um pai. E isso, no Brasil de hoje, é revolucionário. O fiofó é seu? Sim. E é isso que ele queria dizer: seu corpo, sua vida, seu direito. E eu, como mãe, só quero dizer: obrigada, Popó. Por mostrar que amor não precisa de palavras perfeitas. Só de coração aberto.

Maria Clara Francisco Martins

  • outubro 21, 2025 AT 09:18

Quero só acrescentar algo que ninguém comentou: o fato de Popó ter ido à boate gay pela primeira vez? Isso não é gesto simbólico. É um ato de reconhecimento. Ele entrou num espaço que, por anos, foi tratado como pecaminoso, perigoso, sujo - e foi lá, como pai, não como turista. Ele não foi para ver, foi para entender. E isso? Isso é o que falta em tantas famílias: a coragem de entrar no mundo do filho, não só aceitar o que ele diz, mas pisar no chão dele. Ele não fez isso por foto. Fez porque viu o filho sorrir. E aí, ele percebeu: o que ele achava que era pecado, era só alegria. E isso, meu Deus, é a verdadeira transformação. Não é mudar a lei. É mudar o olhar. E se mais pais fizessem isso? Se mais homens entrassem nas boates, nas paradas, nos grupos de apoio, não por obrigação, mas por curiosidade amorosa? O Brasil não seria só mais tolerante. Seria mais humano. E Juan? Ele não é um símbolo. Ele é um estudante de medicina que quer ajudar outros jovens. E Popó? Ele não é um herói. Ele é um pai que aprendeu a amar. E isso, no fim, é o que realmente importa.

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