Se você ainda acha que terremoto só acontece em lugares distantes, está na hora de mudar essa ideia. No Brasil, mesmo que a maioria das regiões não seja considerada zona de alto risco, já tivemos alguns sismos que deixaram a população em alerta. Por isso, conhecer os sinais, as causas e, principalmente, as medidas de segurança pode fazer toda a diferença.
Um terremoto nasce quando as placas tectônicas da Terra se movem e liberam energia acumulada. Essa energia viaja em ondas sísmicas que fazem o solo tremer. No Brasil, a maioria dos sismos vem da falha de São Paulo, da zona de península de São Francisco e da região Nordeste, onde a crosta terrestre apresenta pequenas fissuras. Embora o tremor seja menos intenso que em áreas como Japão ou Chile, ele ainda pode causar danos se a construção não for adequada.
Antes: faça um plano de emergência para a família. Defina um ponto de encontro, mantenha um kit com água, alimentos não perecíveis, lanterna e pilhas. Verifique a segurança das estruturas da sua casa: prenda móveis altos, instale suportes para prateleiras e fixe quadros longe de áreas de passagem.
Durante: se estiver dentro de casa, abaixe-se, cubra a cabeça e procure abrigo sob uma mesa resistente ou ao lado de uma parede interna. Evite ficar próximo a janelas, pois vidros podem estilhaçar. Caso esteja ao ar livre, afaste-se de prédios, postes e linhas de energia.
Depois: verifique se há vítimas ou feridos e preste os primeiros socorros se souber como. Não use elevadores, pois podem ficar presos. Inspecione a casa em busca de rachaduras, vazamentos ou fios expostos. Se houver suspeita de dano estrutural, saia do local até que engenheiros confirmem que está seguro.
Além dessas orientações, é importante ficar atento às informações oficiais. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Centro de Sismologia da Universidade de Brasília divulgam alertas em tempo real. Inscreva-se em aplicativos de emergência e siga as recomendações das autoridades.
Mesmo que a probabilidade de um grande terremoto seja baixa na maior parte do Brasil, a preparação é a mesma para outras emergências, como enchentes ou tempestades. Um kit bem montado e o hábito de revisar as condições da sua casa regularmente ajudam a reduzir riscos de qualquer desastre.
Se você mora em áreas consideradas mais vulneráveis, como a região de São Paulo ou a zona costeira do Nordeste, vale a pena investir em reforços estruturais. Consultar um engenheiro civil para avaliar a resistência sísmica da sua construção pode evitar surpresas desagradáveis.
Por fim, compartilhe esse conhecimento com vizinhos, amigos e familiares. Quanto mais pessoas estiverem informadas, menor será o pânico e maior a capacidade de reação coletiva. Um pequeno gesto, como conversar sobre o plano de evacuação, pode salvar vidas.
Ficar preparado não exige grandes gastos, apenas atenção e vontade de agir antes que a situação aconteça. Use essas dicas, atualize seu kit de emergência e mantenha a calma: estar bem informado é a primeira linha de defesa contra qualquer terremoto.