O impacto sísmico em San Juan
Um terremoto de magnitude 5,7 balançou a Argentina no domingo, 20 de outubro de 2024, gerando preocupação não apenas entre os que sentiram o tremor, mas também entre especialistas que alertam para a importância de construção em regiões sujeitas a abalos sísmicos frequentes. O epicentro foi registrado a 63 quilômetros de Albardón, uma área da província de San Juan, conhecida por sua atividade sísmica histórica. Às 19h59, o chão tremeu, um lembrete da presença constante de movimentações tectônicas na região.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) confirmou o evento, localizando seu epicentro em uma área 74 quilômetros a noroeste de San Juan, nas proximidades do norte de Mendoza. Situa-se a uma profundidade de 107.7 quilômetros, o que, de certa forma, aliviou o impacto na superfície, minimizando os danos potenciais. Estas características são cruciais para entender por que as consequências não foram devastadoras.
Resistência das construções: fator de segurança
A boa notícia foi a ausência de relatos de danos significativos ou de vítimas. Segundo relatos do USGS, a probabilidade de fatalidades era considerada baixa. Isso deve-se, em grande parte, ao tipo de construções predominantes na região, que, embora ainda exibam vulnerabilidades típicas de edificações feitas de alvenaria de tijolo de adobe e pedra, em sua maioria atendem aos padrões que buscam mitigar os impactos de tremores menores.
San Juan experimenta frequentemente tremores de terra, o que levou a um investimento contínuo em materiais e técnicas de construção que visam a resiliência sísmica. População e administração locais estão cientes da necessidade de estar preparados para eventos desse tipo, e trabalham para melhorar continuamente a segurança das estruturas. Programas educacionais são promovidos para que os habitantes possam saber como reagir adequadamente em caso de emergência, o que contribui para o cenário positivo observado após o mais recente terremoto.
A história dos terremotos na região
Não é de hoje que a região de San Juan está no radar da sismicidade do país. Historicamente, a província foi palco de terremotos que causaram destruição e perdas humanas significativas. O mais catastrófico deles foi o terremoto de 1944, que destruiu grande parte da cidade de San Juan, resultando em milhares de mortos e deixando uma profunda marca na consciência coletiva da população.
Desde então, a região tem sido pioneira em adotar estratégias de construção que tentam acomodar e resistir às forças resistentes de um terremoto. Isso inclui desde alterações em códigos de construção até incentivos para a adoção de materiais e técnicas que suportem melhor os acontecimentos telúricos.
Prevenção e preparação
A recente experiência, com ausência de danos maiores, é uma validação dos esforços contínuos na melhora da infraestrutura urbana. Contudo, especialistas alertam que a prevenção e a preparação jamais devem ser relaxadas. A região ainda precisa enfrentar os desafios de edificações antigas, e campanhas contínuas de conscientização sobre práticas de segurança permanecem cruciais.
Além disso, as autoridades monitoram regularmente as atividades geológicas em coordenação com instituições internacionais, como o USGS, para garantir que todos estejam informados sobre possíveis alterações sísmicas. Essa vigilância tem sido fundamental para preparar a população e mitigar riscos, garantindo um futuro mais seguro para San Juan e suas proximidades.
Em suma, o terremoto de 5,7 na escala de magnitude não apenas testou a resiliência das infraestruturas locais, mas também representou um lembrete da importância de constante vigilância e melhorias no planejamento urbano e nas estratégias de mitigação. As lições aprendidas ao longo dos anos continuam a nortear as práticas que possibilitam reduzir ao máximo o impacto de eventos sísmicos inesperados.
Priscila Santos
Sei que todo mundo tá falando que foi "bom" que não teve dano, mas cadê os prédios velhos que ainda não foram reforçados? Acho que só falam bem porque ninguém morreu... mas e os que vivem em casas de adobe que nem têm seguro?