Terremoto de 5,7 na Argentina reacende debate sobre edificações em regiões sísmicas
21 out

O impacto sísmico em San Juan

Um terremoto de magnitude 5,7 balançou a Argentina no domingo, 20 de outubro de 2024, gerando preocupação não apenas entre os que sentiram o tremor, mas também entre especialistas que alertam para a importância de construção em regiões sujeitas a abalos sísmicos frequentes. O epicentro foi registrado a 63 quilômetros de Albardón, uma área da província de San Juan, conhecida por sua atividade sísmica histórica. Às 19h59, o chão tremeu, um lembrete da presença constante de movimentações tectônicas na região.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) confirmou o evento, localizando seu epicentro em uma área 74 quilômetros a noroeste de San Juan, nas proximidades do norte de Mendoza. Situa-se a uma profundidade de 107.7 quilômetros, o que, de certa forma, aliviou o impacto na superfície, minimizando os danos potenciais. Estas características são cruciais para entender por que as consequências não foram devastadoras.

Resistência das construções: fator de segurança

A boa notícia foi a ausência de relatos de danos significativos ou de vítimas. Segundo relatos do USGS, a probabilidade de fatalidades era considerada baixa. Isso deve-se, em grande parte, ao tipo de construções predominantes na região, que, embora ainda exibam vulnerabilidades típicas de edificações feitas de alvenaria de tijolo de adobe e pedra, em sua maioria atendem aos padrões que buscam mitigar os impactos de tremores menores.

San Juan experimenta frequentemente tremores de terra, o que levou a um investimento contínuo em materiais e técnicas de construção que visam a resiliência sísmica. População e administração locais estão cientes da necessidade de estar preparados para eventos desse tipo, e trabalham para melhorar continuamente a segurança das estruturas. Programas educacionais são promovidos para que os habitantes possam saber como reagir adequadamente em caso de emergência, o que contribui para o cenário positivo observado após o mais recente terremoto.

A história dos terremotos na região

Não é de hoje que a região de San Juan está no radar da sismicidade do país. Historicamente, a província foi palco de terremotos que causaram destruição e perdas humanas significativas. O mais catastrófico deles foi o terremoto de 1944, que destruiu grande parte da cidade de San Juan, resultando em milhares de mortos e deixando uma profunda marca na consciência coletiva da população.

Desde então, a região tem sido pioneira em adotar estratégias de construção que tentam acomodar e resistir às forças resistentes de um terremoto. Isso inclui desde alterações em códigos de construção até incentivos para a adoção de materiais e técnicas que suportem melhor os acontecimentos telúricos.

Prevenção e preparação

Prevenção e preparação

A recente experiência, com ausência de danos maiores, é uma validação dos esforços contínuos na melhora da infraestrutura urbana. Contudo, especialistas alertam que a prevenção e a preparação jamais devem ser relaxadas. A região ainda precisa enfrentar os desafios de edificações antigas, e campanhas contínuas de conscientização sobre práticas de segurança permanecem cruciais.

Além disso, as autoridades monitoram regularmente as atividades geológicas em coordenação com instituições internacionais, como o USGS, para garantir que todos estejam informados sobre possíveis alterações sísmicas. Essa vigilância tem sido fundamental para preparar a população e mitigar riscos, garantindo um futuro mais seguro para San Juan e suas proximidades.

Em suma, o terremoto de 5,7 na escala de magnitude não apenas testou a resiliência das infraestruturas locais, mas também representou um lembrete da importância de constante vigilância e melhorias no planejamento urbano e nas estratégias de mitigação. As lições aprendidas ao longo dos anos continuam a nortear as práticas que possibilitam reduzir ao máximo o impacto de eventos sísmicos inesperados.

Maria Cardoso

Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.

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14 Comentários

Priscila Santos

  • outubro 21, 2024 AT 22:01

Sei que todo mundo tá falando que foi "bom" que não teve dano, mas cadê os prédios velhos que ainda não foram reforçados? Acho que só falam bem porque ninguém morreu... mas e os que vivem em casas de adobe que nem têm seguro?

Daiane Rocha

  • outubro 22, 2024 AT 01:30

O que mais me encanta nesse caso é a transição silenciosa da tragédia para a resiliência. San Juan não apenas sobreviveu ao terremoto de 1944 - ela se reinventou. As paredes de adobe agora têm armadilhas de aço embutidas, os tetos são leves, e os moradores treinam como se fossem atletas de emergência. É um exemplo de como a dor pode ser transformada em sabedoria prática, não só teórica.

Studio Yuri Diaz

  • outubro 23, 2024 AT 22:24

É imperativo reconhecer que a resiliência sísmica não é um mero produto técnico, mas um ato civilizatório. A sociedade argentina, particularmente na província de San Juan, demonstra, através de políticas públicas consistentes e educação cívica, que a proteção da vida humana transcende interesses econômicos imediatos. Este é um modelo que deveria ser estudado em todas as universidades de engenharia do mundo.

Rosiclea julio

  • outubro 25, 2024 AT 02:13

Fico feliz que as coisas tenham dado certo! 😊 Mas lembrem-se: mesmo com bons códigos, muitas casas ainda são antigas. Se você mora em região sísmica, checa o pilar da sua casa, se tem laje ou só telhado de madeira. Um pouco de atenção evita tragédia. E se puder, ajuda a vizinho mais velho a fazer um plano de emergência! 💪❤️

Leila Swinbourne

  • outubro 25, 2024 AT 12:41

Ah, claro. Mais uma vez, os argentinos são os heróis da engenharia. Enquanto o Brasil ainda tem prédios de 1970 com pilares de tijolo e sem vergalhão, eles já estão fazendo simulações em laboratório. Mas claro, eles têm dinheiro. Nós temos corrupção e eleições. Então, parabéns, Argentina. Nós ficamos aqui, esperando o próximo terremoto.

Nessa Rodrigues

  • outubro 26, 2024 AT 14:26

É bonito ver como a experiência transforma comunidades. Não precisa de discursos grandes. Só de cuidado, paciência e lembrança.

Ana Carolina Nesello Siqueira

  • outubro 27, 2024 AT 21:01

Sério? Um 5,7 e ninguém morreu? Isso é quase... banal. Onde está o drama? Onde está o colapso? Onde está a tragédia que merece ser contada? Isso não é notícia, é um relatório de manutenção predial. E ainda por cima, com um tom de orgulho nacionalista que me deixa com náusea. Ainda bem que não foi um 7.0 - aí sim, aí teríamos algo digno de um documentário da Netflix.

eduardo rover mendes

  • outubro 29, 2024 AT 08:34

Vocês estão ignorando o fato de que a profundidade de 107km é o único motivo de não ter sido pior. Se fosse 15km, como em 1944, isso aqui viraria um filme do tipo 'Tremor Final'. E aí? Ainda vão dizer que 'a construção foi boa'? A geologia não é um teste de engenharia, é um jogo de dados aleatórios. Eles tiveram sorte. Ponto.

valdete gomes silva

  • outubro 30, 2024 AT 18:52

Ah, então agora é tudo perfeito? A gente já viu isso antes. Depois de cada terremoto, todo mundo fala 'agora vai mudar'. E depois? Nada. O governo gasta com propaganda, os engenheiros se aposentam, e os prédios velhos continuam lá, como fantasmas. E vocês acham que isso é 'resiliência'? É negação. É a mesma coisa que dizer que 'o carro não bateu porque a estrada estava vazia' - mas e se amanhã tiver trânsito?

Renan Furlan

  • outubro 31, 2024 AT 20:29

Só um lembrete simples: se você mora em área de risco, tem um kit de emergência? Água, lanterna, pilhas, rádio? Não precisa ser caro. Só precisa existir. E se tiver idoso ou criança em casa, coloca o plano de saída na geladeira. Faz toda diferença. ❤️

João Paulo S. dos Santos

  • novembro 1, 2024 AT 10:05

Boa, Argentina. Vocês estão fazendo direito. Agora, se o Brasil tivesse metade da atenção que vocês têm, a gente não estaria aqui, torcendo pra ninguém morrer no próximo tremor. É só isso. Não precisa de holofote. Só de ação.

thiago oliveira

  • novembro 2, 2024 AT 23:34

O USGS é uma agência americana. Não confiem cegamente em dados deles. Eles têm interesses geopolíticos. A magnitude real pode ser menor. E a profundidade? Provavelmente foi ajustada para diminuir o pânico. Isso é padrão em países que querem manter a imagem de 'estabilidade'.

Nayane Bastos

  • novembro 4, 2024 AT 15:16

Fico feliz que as pessoas estejam se cuidando. E se vocês tiverem um vizinho que não entende o que é um plano de emergência, ajudem. Um abraço, um café, uma conversa. Às vezes, é isso que salva. 💕

felipe sousa

  • novembro 4, 2024 AT 17:30

ARGENTINA 🇦🇷 🇦🇷 🇦🇷 BRAZIL 🇧🇷 🇧🇷 🇧🇷

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