
Thais Carla, a modelo plus-size que conquistou mais de 3,5 milhões de seguidores ao defender o corpo em todas as formas, abriu o jogo sobre a cirurgia bariátrica que fez recentemente. Em postagens emocionadas, ela deixou claro que a escolha não foi impulsionada por críticas à aparência, mas por uma preocupação profunda com a própria saúde e, sobretudo, com o futuro dos dois filhos.
Por que Thais Carla optou pela cirurgia?
Em entrevista curta, gravada logo após seu retorno às redes, a influenciadora disse que "queria uma vida diferente" e que a decisão foi tomada depois de noites sem dormir pensando nas possíveis complicações de doenças relacionadas ao peso. Ela relata que, antes mesmo de agendar o procedimento, já havia incorporado à rotina treinos diários e conseguido perder cerca de 30 quilos. Essa perda, porém, não foi vista como objetivo final, mas como parte de um processo mais amplo de autocuidado.
"Não se trata de ser mais magra para agradar alguém", afirmou Thais. "É sobre garantir que eu ainda esteja aqui, com energia, para acompanhar meus filhos nos momentos que eles precisarem de mim". A narrativa traz à tona um ponto que costuma ser esquecido nos debates sobre o positivismo corporal: a autonomia de escolher o que é melhor para o próprio corpo, ainda que essa escolha vá contra a mensagem que se costuma propagar.

Reações e reflexões sobre o movimento de positivismo corporal
Não tardou a surgir uma avalanche de comentários nas redes. Parte da comunidade acusou Thais de hipocrisia, apontando que ela sempre lutou contra o estigma da obesidade e agora recorreria a um procedimento cirúrgico. Outros responsabilizaram a influenciadora por supostamente lucrar com a polêmica, alegando que a mudança poderia gerar ainda mais engajamento.
- "Senti que você me enganou", escreveu um seguidor que havia se inspirado nas mensagens de aceitação.
- "Se cuidar não é errado, mas não pode ser usado como marketing", escreveu outro crítico.
- "Coragem é admitir que precisamos de ajuda. Você merece apoio", respondeu uma seguidora que elogiou a decisão.
- "Nunca é tarde para se colocar em primeiro lugar. Boa recuperação!", escreveu um fã que já conhecia a jornada de perda de peso pré-cirúrgica.
Essas reações mostram como o debate sobre corpo e saúde se torna ainda mais complexo quando envolve figuras públicas. Enquanto alguns defendem que o positivismo corporal deve excluir qualquer menção a intervenções médicas, outros argumentam que o movimento deve, antes de tudo, respeitar a escolha individual, sem rotular o caminho como "erro" ou "traição".
Thais também trouxe à tona a importância de separar a luta contra o preconceito da obrigação de permanecer em um estado de saúde que possa colocar a vida em risco. "Meu corpo sempre foi minha casa, mas minha casa precisa estar em boas condições para que eu possa receber meus filhos quando eles crescerem", disse, reforçando que a decisão foi motivada por responsabilidade parental.
O caso da modelo ainda alimenta discussões em fóruns de saúde, psicologia e sociologia, que analisam como a sociedade impõe padrões invisíveis mesmo em movimentos que deveriam desconstruí‑los. A mensagem central de Thais Carla, ao que tudo indica, é que a liberdade de escolha deve ser o alicerce de qualquer discurso sobre corpo e bem‑estar.
Maria Cardoso
Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.
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