México vence Uruguai por 1-0 em amistoso feminino com gol contra de Daiana Farías
16 nov

O México conquistou uma vitória apertada, mas significativa, sobre o Uruguai por 1-0 em um amistoso feminino disputado na madrugada de 4 de junho de 2025, às 01:00 UTC. O único gol do jogo veio aos 58 minutos, em um momento inesperado: Daiana Farías, zagueira uruguaia, acabou marcando contra a própria rede, entregando a vitória à seleção mexicana. O resultado, confirmado pelo ESPN e pelo Sofascore, encerrou uma sequência de maus resultados para a La Tri feminina, que vinha sem vencer em cinco jogos oficiais. O jogo, parte da série de amistosos preparatórios para futuras competições continentais, foi disputado no Estádio Corona, em Torreón, com público reduzido, mas entusiasmado.

Um gol que mudou o rumo do jogo

Ao contrário do que muitos esperavam — um confronto equilibrado, com chances claras de ambas as equipes — o jogo foi marcado por poucas oportunidades de gol, especialmente na primeira metade. O México, com uma defesa organizada e um meio-campo mais ativo, controlou a posse de bola por longos períodos, mas não conseguia finalizar com eficiência. O Uruguai, por sua vez, tentava surpreender com contra-ataques rápidos, mas a zaga mexicana, liderada por Reyna Reyes e Christina Burkenroad, não cedeu espaço. Foi só aos 58 minutos, após um cruzamento mal limpo pela defesa uruguaia, que Daiana Farías, tentando afastar a bola, acabou desviando com o ombro para dentro da rede. O árbitro, após consulta ao VAR, confirmou o gol contra. Ninguém comemorou. Apenas silêncio no estádio, seguido por um suspiro coletivo da torcida mexicana.

Escalões e substituições: detalhes técnicos

O México começou com Adrián Farías (Barrera) no gol, e uma linha de cinco na defesa, com Lourdes Bosch e Wendy Toledo como laterais. No meio-campo, K. Bernal e N. Colin entraram aos 46 minutos, reforçando a pressão. O Uruguai, por sua vez, teve dificuldades em criar jogo. A titularidade de D. Ordoñez e N. Mauleón na segunda etapa não alterou o fluxo do jogo. Ambas as equipes tiveram cartões amarelos — dois para o Uruguai, um para o México —, todos na segunda metade, indicando o aumento da tensão. A lista de reservas mexicanas incluía nomes como Celeste Espino e Nicole Pérez, que ainda não estrearam na seleção principal, mas mostraram potencial nos treinos.

Um histórico de equilíbrio — e uma realidade diferente

Um histórico de equilíbrio — e uma realidade diferente

Historicamente, México e Uruguai têm um confronto equilibrado: oito vitórias para cada lado e sete empates em jogos oficiais, incluindo partidas masculinas e femininas. Mas a realidade atual é outra. Enquanto o Uruguai vem se reforçando com jogadoras jovens da liga chilena e argentina, o México ainda luta para manter consistência. Segundo dados da Gazeta Esportiva, em 18 partidas recentes, a seleção mexicana sofreu apenas 12 gols — média de 0,6 por jogo —, mas marcou apenas 14. Ou seja: defesa sólida, ataque ineficiente. Nos últimos amistosos, contra Japão e Colômbia, a equipe nem chegou a finalizar com regularidade. “A equipe tem estrutura, mas falta criatividade no último terço”, disse uma analista técnica ao Sports Illustrated.

Contraste com o masculino: o fantasma do 4-0

Curiosamente, o último confronto entre as seleções — masculinas — aconteceu exatamente um ano antes, em 5 de junho de 2024, quando o Uruguai goleou o México por 4-0 em Montevidéu. Darwin Núñez fez hat-trick, e Federico Pellistri completou o placar. Na época, a derrota foi vista como um alerta para a seleção mexicana, que vinha em crise de confiança. Agora, a vitória feminina pode ser um sinal de que o processo de renovação está dando frutos. “É um começo”, disse a técnica Adrián Farías (Barrera) após o jogo. “Nós não estamos aqui para vencer só um amistoso. Estamos aqui para construir um time que possa competir na Copa do Mundo.”

O que vem a seguir?

O que vem a seguir?

Um novo amistoso masculino já está marcado: 15 de novembro de 2025, às 22h (horário de Brasília), em uma cidade ainda não divulgada. Mas o foco agora está no feminino. A CONCACAF anunciou que, em outubro, ocorrerá a Copa Feminina da região, e o México precisa de mais resultados positivos para garantir uma boa classificação. O Uruguai, por sua vez, tem o Mundial Sub-20 em vista — e essa derrota pode ser um ponto de virada para revisar sua estratégia de seleções. Enquanto isso, redes sociais e canais de simulação, como o YouTube, continuam publicando vídeos falsos com placares de 2-0 ou 3-1 — todos criados por jogadores de eFootball. A confusão é grande, mas a realidade é clara: o México venceu. E, por enquanto, isso é o que importa.

Frequently Asked Questions

Por que o gol contra de Daiana Farías foi tão decisivo?

O gol contra ocorreu em um momento em que o México dominava o jogo, mas não conseguia finalizar. Com o placar em 0-0 e o Uruguai pressionando, o desvio de Farías foi o único lance decisivo. Como não houve outros gols, o erro individual definiu o resultado. É raro — mas não incomum — que um único gol contra decida um jogo internacional.

Quem são as principais jogadoras da seleção mexicana atual?

Além de Daiana Farías (embora ela seja uruguaia), o México conta com Reyna Reyes, zagueira de 21 anos que lidera a defesa, e Christina Burkenroad, atacante de origem mexicana-americana que tem 11 gols em 22 jogos pela seleção. O meio-campo é liderado por K. Bernal, que atua como a principal ligação entre defesa e ataque.

O Uruguai está em crise no futebol feminino?

Não exatamente. O Uruguai tem um projeto de desenvolvimento sólido, com muitas jogadoras atuando na Europa. Mas a equipe ainda sofre com falta de experiência em grandes competições. A derrota para o México foi a terceira em quatro amistosos em 2025, o que levou a críticas da federação. O técnico está sendo avaliado, e mudanças podem ocorrer antes da Copa América Feminina.

Por que há tantas simulações falsas no YouTube sobre esse jogo?

Jogadores de eFootball e simuladores de futebol criam vídeos com resultados fictícios para atrair cliques e engajamento. Muitos usam nomes reais de jogadoras e estádios, o que confunde o público. Fontes como ESPN e Sofascore são as únicas confiáveis. A confusão é tão grande que até torcedores de futebol de base já acreditaram em placares de 3-1 — que nunca aconteceram.

O México tem chances de ir bem na Copa do Mundo Feminina?

Sim, se mantiver a defesa e melhorar o ataque. Com média de apenas 0,6 gols sofridos por jogo em 18 partidas, a equipe é uma das mais sólidas da CONCACAF. O problema é a falta de finalização: em 2025, marcou apenas 14 gols em 18 jogos. Se conseguirem um centroavante eficiente e mais criatividade no meio, podem chegar às quartas de final. Mas não são favoritas.

O que esse resultado significa para o futebol feminino na América Latina?

É um sinal de que o futebol feminino está se profissionalizando. México e Uruguai não são potências como Brasil ou Estados Unidos, mas estão investindo. Esse jogo, com transmissão em canais regionais e análise técnica detalhada, mostra que o público está crescendo. E que, mesmo em amistosos, os resultados contam. A luta por igualdade de recursos e visibilidade está em andamento — e esse jogo foi um pequeno passo.

Maria Cardoso

Trabalho como jornalista de notícias e adoro escrever sobre os temas do dia a dia no Brasil. Minha paixão é informar e envolver-me com os leitores através de histórias relevantes e impactantes.

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